Este importantíssimo monumento sepulcral, foi descoberto em 1927 nos terrenos de Henrique Miguel dos Santos, quando fazia uma surriba no Outeiro das Mós, a 500 metros da praia atlântica. Nessa ocasião foi recolhido algum espólio jazente, tais como fragmentos cerâmicos, pontas de seta, conchas de marinhas, fragmentos ósseos humanos e de animais.
Escavado em rocha pelos nossos antepassados durante o calcolítico, há cerca de cinco mil anos como estação funerária, era composto por uma câmara escavada na rocha; um pequeno corredor revestido por muro de pedra; uma câmara de falsa cúpula, em forma circular e com cinco metros de diâmetro; um novo corredor de acesso ao exterior, com três metros de comprimento; um átrio com dois metros de largura.
Este notável e antiquíssimo monumento megalítico e funerário foi alvo de algumas campanhas arqueológicas, a primeira das quais decorreu em 1961. Apesar de ter sido declarado monumento nacional em Dezembro de 1974, o monumento megalítico encontra-se em estado de decadência e (quase) abandono, completamente coberto de areia, canaviais, outra vegetação e lixo. Pelo menos assim estava quando visitei o conjunto arqueológico em 2017.
Por: Jofre Alves